Com certeza esse foi um dos semestres que mais ocorreram transformações na minha vida! Esta narrativa poderia até se tornar um possível desabafo! Mas como este não é o foco tentarei ser o mais “científico” possível.
Começando pelas transformações em mim: este foi o semestre em que fiz 18 anos, não que eu achei uma grande influência transformadora, mas a sociedade acabou me influenciando nessa mudança. Criei em mim mesmo um alvo de que depois dos 18 anos eu iria ser eu mesmo, não iria deixar ser moldado pela igreja, família, etc. Creio que os tópicos deste trabalho no final respondam as transformações em mim, então vamos para as transformações ocorridas na minha família.
As transformações na minha família, sem dúvida, foram as mais difíceis de serem enfrentadas. E também, sem dúvida, umas das mais necessárias. Nesse semestre me senti na necessidade de mostrar para meus familiares quem eu sou, ou quem eu desejo ser. Fui fraco em esperar os 18 anos que a sociedade chama de maior idade para poder fazer isso, mas no contexto familiar-religioso muito forte que sobrevivi e sobrevivo foi necessário. Não foram fáceis as aceitações no meu lar e ainda não é fácil, apesar de me sentir amado, porém, não aceito. Pode parecer uma contradição, mas é assim que me sinto. Resumindo, as mudanças na minha família foram e ainda são difíceis, já que a luta por ser quem deseja ser nunca é bem aceita.
Creio que, neste parágrafo, serei mais breve, não por falta de transformações, mas por achar que as mudanças no partido e no sindicato serem quase as mesmas... Sempre fui meio relapso em relação aos partidos e sindicatos, confesso que ainda sou bastante. Porém, neste semestre comecei a tentar me interessar. Por influência de amigos, até fui a algumas plenárias, para tentar me localizar, inclusive na minha visão de mundo. Ainda me sinto meio inseguro sobre como atuar em relação a esses assuntos. Mas creio que as transformações começaram nestes seis primeiros seis meses de 2011.
Este é o tema que menos gosto de narrar sobre as transformações... Religiosidade. Cresci num lar muito religioso e sempre gostei disso. Porém, as transformações foram chegando e fui me vendo em conflito com tudo o que havia aprendido, ou apreendido. Nunca neguei que essa educação religiosa que tive foi ruim para mim. Mas chegou num momento da minha vida que não dava mais para, fico até sem palavras, continuar assim. E esse momento foi bem neste (bem ou mal)dito (risos) semestre! A mudança na religiosidade fez com houvessem mudanças em todas as áreas da minha vida: em mim, na família, no partido, no sindicato, na relação com a mídia, na vida na faculdade, com meus colegas de projeto 2, em tudo! Foi uma mudança brusca. Questão de uma semana, até. E pode ser uma mudança que daqui a alguns anos mude de novo. Só para acrescentar, nem sei por que vou dizer isso, mas... Existe um filme que relata perfeitamente a minha mudança na religiosidade, se chama Orações Para Bobby.
A minha relação com a mídia não mudou muito. Confesso que sempre fui bem “cultura de massa”, apesar de sempre tentar filtrar o que me é jogado na TV, internet, revistas, jornais, etc. Mas até pela entrada de novos sujeitos na minha família a minha visão da mídia mudou, sim. Minha irmã ira se casar e os familiares do meu cunhado são bem críticos em relação à mídia. Acho isso válido, até para ver se eu começo a ser mais crítico, também!
A vida na faculdade em relação à mobilização e organização estudantil fica mais ou menos como às transformações no partido e no sindicato, minha atuação ainda é muito fraca, admito. Mas foi neste semestre que comecei a pensar mais nesta (grande) influência, que é a organização estudantil. Não só uma influência dentro da universidade, mas dentro de toda a sociedade.
Creio que as mudanças com meus colegas de Projeto 2 se deram durante as aulas, tentando puxar assunto, achando coisas