domingo, 19 de outubro de 2008

murder ;


Quando nos conhecemos, você tinha doze anos, e eu, dezenove, você, aquela garotinha da 6ª série encantadora, nos conhecemos você estava brincando na rua, e eu com meus amigos tomando umas cervejas na calçada, a bola veio rolando até mim, te devolvi, você me olhou com um jeito que jamais pude esquecer, uma mistura de amor de filha para pai e eu retribui o olhar como se fosse teu pai, de um modo que o meu pai jamais tinha me olhado...! Daí em diante descia todos os dias para a calçada só para ver você jogar, e você meio sem jeito foi se aproximando de mim, até que te pedi em namoro, você aceitou com um sorriso singelo, começamos a namorar, te ensinei muitas coisas, sobre a vida, sobre homens, sobre tudo, mas sempre te respetei, com todo respeito do mundo! Passaram-se três ano e você cresceu, não queria mais saber do cara de agora 22 anos, que tinha sido como um pai para você, não queria saber do cara que te ensinou tudo, não queria mais saber de mim...! Resolveu terminar nosso namoro e me esqueceu...! E eu, nunca te esqueci, não te deixava em paz, te mandava mensagens deixava recados no orkut, mandei até cartas, coisa que nunca havia feito antes, e você, falava que eu era um trouxa, um babaca, que corria atrás de você como um jegue sem dono...! O meu amor por você, foi se tornando uma loucura que não conseguia manter dentro do meu coração! Passavam-se coisas inimagináveis dentro da minha cabeça de como tervocê de volta pra mim...! Num dia tendo essas alucinações tomei remédios, muitos remédios, virei outra pessoa, na verdade, você me transformou em outra pessoa, num cara psicótico, que e quer tanto que é capaz de fazer tudo, e explodi! Fui até sua casa, tirei sua mãe e seu pai e ficamos só eu e você, não queria mais nada, além do seu amor de volta... Sua mãe chamou a polícia, e consequentemente toda a imprensa apareceu, fui taxado de sequestrador, fiquei mais pirado ainda...! Revirei tua casa, achei uma arma, tive que te ameaçar para que eles não viessem me prender! As horas apssaram, a fome chegou, pedi comida, e mandaram junto com ela uma amiga sua, que só fez aumentar o meu sentimento de inferioridade e você, não aguentava mais, minha cabeça explodia, te dei minha comida e minha barriga coçava de dores, sua amiga gritava comigo e você, chorava desesperadamente, dei um tiro na face da sua amiga, para que ela parasse de gritar comigo, a polícia ouviu os disparos e entrou, no meu despero pensei em me matar, mas antes dei um tiro na sua cabeça e na sua virília, tentando acertar seu coração, tentano deixar o seu coração como o meu estava, quando fui tirar o resto de vida que havia em mim, a polícia chegou, me prendeu...! Agora estou aqui, preso, e você aí, quase morrendo, sentindo o que senti dentro de mim...
Você me assassinou por dentro e eu te assassinei por fora...!

Texto fictício que escrevi, do tipo 'versão do assassino', só pra deixar um sentimento solto dentro de você do tipo 'o que fere mais, o amor desprezado pela indiferença, ou tiros em seu cérebro e na sua virília...?!'

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Guarda-fio, 3 velocidades e pulsar


Hoje vai ser um post de desabafo sim, acordar pensando no futuro distante não faz nada bem, parece que o pensamento se acorrenta a você por todas as 24h do resto do dia, o colégio se torna um enorme pavilhão pintado de preto e branco, os seus amigos se tornam o mais entediantes possível, seus familiares, os mais passados que se possa imaginar, e você, o caco de lixo por não poder realizar tudo que existe dentro de ti. Mais como um ótimo otimista, pode-se tirar algum proveito da sua aula de reforço de matemática, quando a sua professora é sua amiga que faz mestrado em matemática na federal da tua cidade, mesmo você precisando de 6,5 pra passar. Uma música no final do dia, entra como se fosse um estimulante em suas veias, uma dose de esperança, que torna um pouco mais forte, até mesmo quando seus olhos grudam e suas mão parecem ter um peso. Mas vou seguindo nos Rehabs da vida, de grão em grão a galinha enche o papo!

Esperar e ter paciência!